Notícias e fotos históricas ajudam a apresentar às pessoas como foi a imigração japonesa ao bairro de Itaquera, na zona leste da capital. A mostra “90 anos da colônia nipônica nas páginas da história de Itaquera” está exposta na sub-prefeitura da localidade até o final do ano e traz o resultado de um estudo que durou 24 anos.

Na ocasião, o público pode acompanhar os momentos da chegada dos japoneses ao bairro, que foram ilustradas juntamente com as principais manchetes do jornal “Notícias de Itaquera”, veículo da região. A exposição também relata o legado da cultura dos imigrantes nos dias de hoje.

De acordo com a pesquisadora Fátima Reis, que idealizou a mostra a partir da inspiração de vida de Katsuotoshi Matsubara, um dos pioneiros na plantação de cerejeiras no bairro, “se hoje a cultura japonesa é admirada por não descendente, isso é fruto de uma herança rica deixada pelos pioneiros”.

Em 1925, os imigrantes japoneses chegaram a Ita-quera para trabalhar na agricultura. Assim, formou-se uma área, constituída por chácaras, que até hoje é chamada de Colônia Japonesa. Os moradores cultivavam especialmente o pêssego, fruta que tornou Itaquera conhecida e dá nome ao seu principal corredor viário, a Jacu-Pêssego.

Vale lembrar que, além da exposição, Itaquera recebe durante o ano diversas festividades da comunidade nipo-brasileira, entre elas, o Undokai, que chegou a 86ª edição, e a tradicional Festa da Cerejeiras, que completou seu 37º ano no Parque do Carmo.

A exposição acontece na rua Augusto Carlos Bauman, 851. Segundo informações, uma média de 200 a 300 pessoas por dia tem ido a mostra, que pode ser visitada de segunda a sexta, das 8 às 18 horas.