A comitiva gaúcha que estava no Japão desde o dia 6 de junho e retornou ao Brasil no final de se-mana trouxe a expectativa real de parceria na área ambiental.

A expertise do governo da província de Shiga na despoluição do maior lago do país asiático, o Biwa, deverá ser compartilhada com o estado brasileiro. O objetivo é evitar que o es-goto doméstico e o uso de agrotóxicos nas lavouras de arroz causem danos pro-fundos às lagoas do litoral norte do Rio Grande do Sul.

“Nós temos a experiência de ter preservado a questão ambiental. Nós podemos oferecer esse apoio juntamente com a Jica. Temos universidades que fazem esses estudos”, afirmou o governador de Shiga, Taizo Mikazuki.

O encontro dos gaúchos com o governante japonês ocorreu após visita técnica ao lago. A atividade durou 1 hora. A partir de agora, representantes dos dois locais, considerados províncias-irmãs desde 1980, deverão manter contato permanente para decidir como as ações serão desenvolvidas. As datas ainda não foram marcadas.

“Temos problemas semelhantes. Somos o maior produtor de arroz do Brasil. O auxílio é muito importante e viemos trazer mais um projeto”, destacou o governador gaúcho José Ivo Sartori, lembrando que a Jica já apoiou uma ação que resultou no aumento de renda para moradores da região da Lagoa dos Patos. O sistema lagunar norte compõe diversas lagoas interligadas entre as cidades de Torres e Balneário Pinhal.

Ainda não há expectativa de quanto o projeto vai custar. A execução contará com o apoio da Agência Nacional de Águas e a execução ficará a cargo da ONG Associação Ação Nascente Maquiné.