PM que matou nikkei por engano é condenado

Após dois dias de julgamento, ocorrido no Fórum da Barra Funda, zona Oeste da capital, a juíza Débora Faitarone condenou a 14 anos de prisão o ex-soldado da Polícia Militar Genivaldo Geraldo de Oliveira pela morte do estudante de direito Nélio Nakamura Brandão.

O crime ocorreu em 2004 e, segundo a acusação, o nikkei foi morto ao ser confundido com os assaltantes que haviam levado seu veículo. Após ter sido roubado por criminosos que estavam em outro veículo, Nakamura foi para a casa, pegou um revólver e saiu de moto no encalço dos dois automóveis. Enquanto isso, a mulher dele telefonava para a Polícia Militar, que começou a per-seguir o veículo roubado. Na abordagem, além do nikkei, Alexandre Roberto Azevedo Seabra da Cruz, um dos assaltantes, também foi morto. Cada um levou três tiros.

Duas versões foram apresentadas pelos policiais envolvidos na perseguição para explicar as mortes. A primeira era de que o nikkei foi morto pelo assaltante, após trocas de tiros, e que o criminoso foi morto pela PM que revidou aos disparos.

A outra versão foi apre-sentada pelo tenente Roberto de Arruda Júnior, que também participou da ação. Segundo ele, seus subordinados haviam atirado e matado Nakamura por engano, porque o confundiram com um assaltante.
Apesar da condenação, a Promotoria pretende recorrer à Justiça do tempo da pena dada ao policial Genilvado, pedindo, no mínimo, 18 anos de prisão. Por outro lado, o soldado Avelino da Silva Custódio, outro que participou da ação e foi acusado de matar o assaltante, acabou absolvido pelos jurados a pedido do MP. Como os dois réus respondiam por homicídio em liberdade, Genilvado poderá recorrer.

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