Nikkei é envolvido em desvio na USP

A pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça decretou a prisão preventiva de Marcelo Rodrigues de Carvalho, ex-professor de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP). Além dele, respondem às ações os empresários Marcos Simplício, administrador da Tec Science, e Sérgio dos Santos, proprietário da Bellatrix. O técnico administrativo do Departamento de Zoologia Eduardo Netto Kishimoto, que teria auxiliado o professor na obtenção das notas frias, também foi responsabilizado pelas irregularidades.

Segundo o Ministério Público Federal, entre maio de 2012 e dezembro de 2014 – quando ainda fazia parte do corpo docente -, Carvalho utilizou notas frias para simular compras e embolsar recursos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação vinculada ao Ministério da Educação.

A Procuradoria aponta que o professor foi o responsável, de 2011 a 2015, pela gestão de R$ 2,9 milhões da Capes repassados ao Departamento de Zoologia. “Carvalho obteve as notas fiscais falsas com as empresas Tec Science e Bellatrix, que cobravam uma porcentagem sobre o valor das supostas compras para a emissão dos documentos. Em um dos casos identificados, esse repasse chegou a 30% da fatura. Os R$ 930 mil desviados correspondem a 41 notas frias emitidas ao longo do período em que o esquema funcionou”, disse o MPF.

A lista das supostas compras inclui quase dois mil litros de álcool etílico e mais de cinco mil recipientes de vidro. Os cupons fis-cais indicam ainda a aquisição de 24,8 quilos de corantes, quantidade sufi-ciente para a análise de 23,5 milhões de peixes.

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