Mortes nas marginais aumentam na gestão Dória

Dias antes de assumir a Prefeitura de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou o programa “Marginal Segura”, ancorado no au-mento dos limites de velo-cidades máximas permitidas nas marginais, que estavam em vigor desde julho de 2015, sob Fernando Haddad (PT), e que até então vinham dando resulta-do no que se refere a queda no número de mortes.

Contrariando a aprovação majoritária de especia-listas em transporte, o atual prefeito voltou a permitir que carros nas margi-nais trafeguem a 90 km/h na pista expressa, 70 km/h na pista central e 60 km/h na pista local. A gestão Haddad havia reduzido esses limites para 70 km/h, 60 km/h e 50 km/h, respectivamente.

A nova mudança trouxe graves consequências. Um balanço preliminar da Companhia de Engenharia de Tráfego, aponta o aumento do número de mortes nas pistas das marginais Tietê e Pinheiros em 2017, contrariando o que estava sendo visto anteriormente. A companhia contabiliza 32 mortos, um aumento de 23% das 26 mortes registradas em 2016. Os dados de 2017 ainda podem aumentar, pois a CET analisa parte dos dados de mortes ocorridas no trânsito da cidade em dezembro do ano passado.

Chama a atenção que a maioria dos casos (62%) ocorreu durante a madrugada ou no fim de semana, períodos em que teoricamente as pistas das marginais estão mais vazias e os veículos conseguem desenvolver maiores velocidades. Apesar do aumento do número de mortes, o presidente da CET, João Octaviano Neto diz ter convicção de que as elas não tiveram relação com o aumento das velocidades nas pistas, porém, não trouxe nenhuma explicação para o fato, alegando se tratar apenas de imprudência dos motoristas.

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