A Sumidenso do Brasil, multinacional japonesa que fabrica chicotes elétricos automotivos, anunciou que vai encerrar oficialmente as atividades na fábrica de Três Corações, em Minas Gerais, que está em funcionamento há uma década.

A empresa tem cerca de 500 funcionários nessa unidade. Outros 60 trabalham indiretamente com a segurança, limpeza e serviços gerais. O motivo para o fechamento seria a grave crise financeira e falta de competitividade no mercado automobilístico. A em-presa ainda acrescentou que a decisão foi tomada após vários estudos de mercado.
Uma parte das operações será transferida para as cidades de Pará de Minas e Matheus Leme, ambas em Minas Gerais, e uma outra parte para uma unidade da empresa no Paraguai. Segundo o secretário de Desenvolvimento do município de Três Corações, Luiz Fonseca, a prefeitura e a empresa estão em tratativas com o Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais para atrair outra empresa de mesmo porte para locar o prédio que abrigava a japonesa.

Conforme comunicado feito aos trabalhadores por um representante da em-presa japonesa, o encerra-mento das atividades será feito de maneira gradual e deve ser finalizado em junho deste ano. A multinacional garante que vai cumprir integralmente com a quitação de todos os direitos trabalhistas previstos na legislação brasileira. Esta é a terceira unidade da empresa a ser fechada no Sul de Minas. Em agosto de 2016, a fábrica de Pouso Alegre, até então a matriz, também encerrou as atividades.

Na ocasião, cerca de 700 trabalhadores foram demitidos. Também em 2016, a empresa anunciou o encerramento das atividades na fábrica de São Gonçalo do Sapucaí , que havia sido montada há menos de dois anos. Na unidade, cerca de 240 trabalhadores foram dispensados. Na época, a empresa informou que parte da produção da empresa continuaria no Brasil e outra parte também seria transferida para a unidade da indústria no Paraguai.

A “mudança” para o Paraguai não é uma novidade. Nos últimos anos, diversas empresas têm migrado para o país vizinho, muito em virtude dos incentivos fiscais e de uma jornada de trabalho mais flexível.

Continua…(impresso)