A ex-primeira-dama Marisa Letícia, esposa do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, morreu aos 66 anos, na noite da última sexta-feira, no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde estava internada desde o dia 24 de janeiro, após ter sofrido um AVC.

Os médicos descobriram um quadro de trombose venosa profunda nos membros inferiores e, na última quinta-feira, o hospital havia informado que fora identificada uma “ausência de fluxo cerebral”. Na sexta, os médicos constataram a morte cerebral e fizeram os preparativos para a doação dos órgãos, que foi autorizada pela família.

Marisa chegou a visitar o Japão, ao lado do mari-do, quando ainda era primeira-dama. A viagem se deu em maio de 2005, quando Lula foi promover a presença do Brasil no leste da Ásia. Por lá, participou de um encontro com o então primeiro-ministro do país, Junichiro Koizumi.

O velório ocorreu no sábado, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Ber-nardo do Campo, e foi encerrado com um discurso do ex-presidente, que pro-meteu lutar para mostrar a inocência da esposa nas investigações da Operação Lava-Jato. “Marisa morreu triste pela canalhice, a imbecilidade e a maldade que fizeram com ela. Eu tenho 71 anos, não sei quando Deus me levará, mas quero provar que os facínoras que levantaram leviandade com a Marisa tenham, um dia, a humildade de pedir desculpas a ela”, disse Lula, muito emocionado.

Marisa Letícia foi babá aos nove anos de idade, operária na adolescência, militante na década de 80. Suas mãos bordaram a es-trela da primeira bandeira do PT. Primeira-dama de 2002 a 2010, foi conselheira do marido da ascensão do líder sindical à Presidência da República.