Governo de Santa Catarina abre oficialmente as celebrações pelos 120 anos do Tratado

Governador entrega placa a embaixador (Foto: James Tavares/Secom)

Marcada em um primeiro momento para a primeira quinzena de maio, mas cancelada após a morte do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), a abertura oficial, em Santa Catarina, das comemorações pelos 120 anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação Brasil-Japão ocorreu na manhã de ontem, no hall do Centro Administrativo do Governo daquele estado. O encontro também serviu para celebrar os 35 anos da assinatura do acordo de irmanamento entre Santa Ca-tarina e a província japonesa de Aomori.

Na ocasião, o governador local Raimundo Colombo recebeu o embaixador do Japão no Brasil, Kunio Umeda, que se disse muito feliz em visitar  Santa Catarina e ver como os catarinenses imigrantes de japoneses vivem na localidade. “Estive em São Joaquim, vi que a principal atividade é o cultivo de maçã e pera, e o vinho. Inclusive, quando estiver em outros estados vou divulgar o vinho catarinense, que é muito bom”, brincou Umeda, completando. “Fiquei muito feliz também em saber que os imigrantes aqui têm oportunidade de crescer, e já não estão mais só cuidando da terra, mas em funções de administração pública, contribuindo para o desenvolvimento do Estado.”
O governador, por sua vez, entregou uma placa ao embaixador do Japão em homenagem aos 120 anos das relações e reconheceu a importância dos imigrantes japoneses para o desenvolvimento daquele estado. “A presença da comunidade japonesa permite uma rica troca de culturas e estimula o desenvolvimento econômico, sem falar no exemplo de vida e superação que representa. Há muitas conquistas a serem comemoradas. Nós continuaremos o trabalho de fortalecer os laços com este parceiro estratégico para o futuro do nosso estado”, disse o governador, que também agradeceu a parceria recente que existe com o país nipônico, e que abriu as portas para a exportação da carne suína.

“O Japão abriu as portas para nossa carne suína em um momento de muita dificuldade para o estado, com isso não só conseguimos estabilizar a situação como estamos gerando mais em-pregos”, comentou. Vale lembrar que, atualmente, o Japão importa de Santa Catarina, além da carne de porco, frango e maçã. Ainda durante pronunciamento, ele destacou que, em quatro anos, o governo do Estado esteve três vezes no Japão.

Durante a cerimônia das comemorações do Tratado, houve também a apresentação de músicas típicas com a soprano japonesa Masami Ganev e de flautas e tambores com as percussionistas Alice Yumi Sinzato, Ana Beatriz Mayr e Christina Azeredo Coutinho. Logo após, a delegação do Japão e representante da Agência de Cooperação Internacional do Japão par-ticiparam de uma audiência no gabinete do governador para troca de informações e fortalecimento da economia entre os países. Representantes de empresas japonesas também estiveram reunidos na Secretaria da Fazenda.

A colonização japonesa em Santa Catarina começou oficialmente em 1964 a partir a instalação da colônia Celso Ramos, hoje localizada no município de Frei Rogério, no Meio-Oeste, com a distribuição de lotes a descendentes de japoneses vindos do Rio Grande do Sul. Mas, há registros da presença de famílias e pessoas da etnia japonesa em Santa Catarina já nos anos de 1950. Itajaí, Canoinhas, Caçador e São Joaquim acolheram colonos a partir da década de 1970. “As colaborações se iniciaram quando técnicos japoneses trazidos pelo governo do Estado ajudaram na consolidação do cultivo da maçã em São Joaquim. Contribuíram ainda em outras culturas, como pêssego e kiwi, e na atividade pesqueira”, afirmou o se-cretário de Assuntos Internacionais, Carlos Adau-to Virmond. Para ele, o  objetivo agora “é tornar o estado a porta de entrada para japoneses no Brasil”.

Hoje cerca de 14 mil nikkeis estão em Santa Catarina.

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