Japão usa oito vezes mais agroquímicos que o Brasil

Um estudo da Universidade Estadual Paulista em Botucatu (Unesp), apresentado durante o fórum “Diálogo: Desafio 2050 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, promovido em São Paulo pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, mostra que o Japão utiliza oito vezes mais defensivos agrícolas (agroquímicos) que o Brasil.

“Dizer que somos (o Brasil) campeões mundiais no consumo de agrotóxicos é uma abordagem simplista e até irresponsável”, revelou o professor Caio Carbonari, um dos autores da pesquisa.

Segundo ele, apesar de utilizar o maior volume de defensivos (em função do tamanho continental), o Brasil está em 7º lugar na proporção com a quantidade terras cultivadas, ficando atrás de países como Japão, Alemanha, França e Reino Unido.

Se a análise for pelo volume de alimentos produzidos, o Brasil cai para 11º no ranking do uso de defensivos e passam à frente do país a Argentina, Esta-dos Unidos, Austrália e Espanha.

Porém, mesmo os critérios de proporcionalidade não são os mais adequados para tratar do tema. “Não dá para apontar o dedo para o Japão e dizer que o alimento deles está contaminado, que está prejudicando as pessoas. Afinal, a gente sabe da qualidade de vida e da longevidade dos japoneses”, afirmou Carbonari.

Dados de 2016 da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicaram que a expectativa média de vida da população japonesa é de 83,7 anos, a mais alta do planeta. No Brasil, a média é de 75 anos.

O trabalho de pesquisa apresentado analisou dados do uso de agroquímicos nas culturas de soja, milho, algodão e cana de açúcar entre os anos de 2002 e 2015.

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