Verba conquistada por Banda Sinfônica é ‘congelada’ e maestro nikkei teme por demissões

Shirakawa luta pela manutenção da Banda (Foto: Divulgação)

A Banda Sinfônica de São Paulo, que tem 27 anos de história, continua lutando para seguir existindo, porém, corre um enorme risco de extinção por decisão do governo estadual.

Após, no final de 2016, ter sido excluída do orçamento da Secretaria de Cultura previsto para este ano e ter sido informada que teria suas atividades “sus-pensas”, a Banda, comandado pelo maestro nikkei Marcos Sadao Shirakawa, iniciou um movimento nas redes sociais por meio da página no Facebook chamada “SOS Banda Sinfônica”, com o uso da hashtag #somostodosbandasinfonicasp. Por meio de petições online também colheu milhares de assinaturas em favor da sua permanência.

A pressão fez efeito e, após um concerto protesto realizado na sede da Assembleia Legislativa de São Paulo, uma emenda parla-mentar de R$ 5 milhões, aprovada por dois terços dos deputados, foi conquistada e seria suficiente para manter a banda por alguns meses. Porém, a história que se encaminhava para um desfecho feliz ganhou outros contornos na semana passada, após o governo “interceder contra sua sobrevivência”. Isso porque, o dinheiro da e-menda foi “contingenciado”, ou seja, bloqueado, após um decreto do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

A atitude, apontada como “autoritária” pela Banda, provocou indignação e um concerto-protesto foi realizado, na sexta-feira, em frente à Secretaria da Cultura do Estado de São Pau-lo. A intenção era forçar o repasse da verba conquistada para o Instituto Pensar-te, organização social gestora do grupo. Entretanto, a atitude não surtiu o efeito esperado. “Após o pro-testo, fomos chamados pelo secretario da Cultura, José Roberto Sadek, para conversar, mas não conseguimos boas notícias. A verba que conquistamos na Assembleia continua contingenciada e precisamos continuar a nossa luta. Todos devem seguir nos apoiando”, solicita o maestro Shirakawa.

Segundo ele, caso nenhum pagamento seja feito nos próximos dias, é provável que os 65 integrantes, entre instrumentistas e equipe de apoio, sejam demitidos.

Em nota oficial, a Banda argumenta ainda que o governador “está desrespeitando um acordo firmado entre os parlamentares” e “voltando atrás em sua própria palavra” , já que o líder do governo na Assembleia, o deputado Cauê Macris, fazia parte da co-missão que concordou com a emenda parlamentar, assim como o presidente da Alesp, Fernando Capez. Ambos fazem parte do partido de Alckmin.

Continua…(impresso)

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