Tanabata retorna ao início de julho e deve levar 100 mil pessoas ao bairro da Liberdade

Bairro será enfeitado a partir de hoje, às 22 horas (Foto: São Paulo Shimbun)

A lenda japonesa do “Tanabata Matsuri” diz que o encontro anual do casal que virou estrela e realiza desejos das pessoas ocorre sempre no 7º dia do 7º mês. Entretanto, a versão paulistana, realizada no bairro da Liberdade, mais uma vez, não seguirá à risca a mitologia. Se, no ano passado, a Copa do Mundo atrasou o evento, que só foi realizado no final do mês, desta vez, as celebrações foram antecipadas para este sábado, das 10h30 às 19 horas, e domingo, das 10h30 às 18 horas.
Com previsão de atrair mais de 100 mil pessoas à Praça da Liberdade e às ruas vizinhas, que, hoje à noite, já começarão a ser decoradas com os típicos enfeites de bolas e cauda de papel e flores – simbolizando um cometa -, o Tanabata tem como grande atração os pequenos papéis coloridos chamados tanzakus, no qual as pessoas escrevem seus desejos.
Para cada tipo de pedido, uma cor diferente é usada. Branco é para paz, amarelo para dinheiro e verde para esperança. Vermelho serve para pedir paixão, rosa, amor, e azul, proteção dos céus. Esses papéis são pendurados em sassadakes (bambus).
De acordo com a Associação Cultural e Assistencial da Liberdade (Acal), responsável pela organização, serão colocados cer-ca de 85 bambus de apro-ximadamente treze metros de altura. Ao término da festa, todos os tanzakus, e bambus são queimados.
A tradição é baseada na lenda do Tanabata, que surgiu há quatro mil anos. Diz a história que a Princesa Orihime, que era tecelã, e o pastor Kengyu se apaixonaram. Os dois se esqueceram das obrigações, dedicando todo o tempo para o amor. Como castigo, foram transformados em estrelas e separados na Via Láctea. Mas a tristeza do casal apaixonado comoveu o Senhor Celestial, que passou a permitir um único encontro anual entre os dois, sempre num dia de julho. Para agradecer pela data do encontro, Orihime e Kengyu realizam os pedidos pendurados nos bambus.
No sábado, uma cerimônia oficial abre a festa no torii (portal), às 14 horas, seguida de uma missa xintoísta no Jardim Oriental, no número 72 da rua Galvão Bueno, próximo ao Viaduto Osaka. O público poderá acompanhar, também, já a partir das 10h30, algumas apresentações culturais, como danças típicas, show de taikô e apresentação, às 18h25, da cantora japonesa Kaori Kanegawa. O mix artístico é repetido domingo, com destaque para a apresentação de Tsubasa Imamura, às 15 horas. O evento conta, ainda, com oficinas e concursos.
Durante o Tanabata, ba-zaristas da Feira da Liberdade também estarão a postos na Praça, onde haverá uma barraca especial de venda dos tanzakus, vendidos a R$ 2,00 cada.
A melhor forma de chegar ao Tanabata é pela estação Liberdade do Metrô. A Companhia de Engenharia de Tráfego irá bloquear as ruas na região da Liberdade das 23 horas de sexta-feira até as 5 horas de segunda-feira. As áreas atingidas são a Praça da Liberdade; o trecho da rua Galvão Bueno entre as rua Américo de Campos a avenida Liberdade; e a rua dos Estudantes, entre a avenida Liberdade e a rua da Glória.

Santa Catarina – E não é só em São Paulo que as estrelas japonesas aterris-sam. O Museu Histórico de Santa Catarina recebe sex-ta, das 11 às 19 horas, e sábado, das 9 às 17 horas, o Tanabata Matsuri. O e-vento realizado pela Asso-ciação Nipo-Catarinense, Associação Miyagui Kenjin-kai do Brasil e o Consulado Geral do Japão em Curitiba faz parte do calendário das comemorações pelos 120 anos do Tratado de Amiza-de, Comércio e Navegação Brasil e Japão.
O festival apresenta as-pectos da cultura japonesa com música, dança, expo-sições, demonstrações, ofi-cinas e culinária. A partici-pação é gratuita e aberta ao público em geral.
O Museu fica na rua Ar-cipreste Paiva, Centro, Flo-rianópolis.

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