Supermercado é acusado de homofobia

O Hirota Food, fundado em 1972 por uma família de imigrantes japoneses e que hoje conta com super-mercados espalhados por São Paulo, está no meio de uma grande polêmica. O motivo é a distribuição de cartilhas aos clientes com o tema “Formação de Valores”, que, para alguns, conta com discursos homofóbicos.

No capítulo sobre “Pilares do Casamento”, a cartilha chama a união de gay de “distorção da criação”. “O casamento homoafetivo está na contramão do propósito divino e não pode cumprir seu propósito. A relação carnal entre homem e homem e mulher e mulher é antinatural, é um erro, uma paixão infame, uma distorção da criação”, afirma a publicação.

Em outro trecho, o texto defende que a mulher deve ser submissa ao marido. “A submissão da esposa a seu marido é sua felicidade e segurança.” O aborto também é citado e visto co-mo um “crime hediondo”.

A cartilha ganhou repercusão nas redes sociais e o supermercado passou a receber uma série de críti-cas. Procurado pelo São Paulo Shimbun, o Hirota, por meio de nota oficial, se desculpou. “Reiteramos que em momento algum tivemos a intenção de polemizar, ofender ou discriminar qual-quer forma de amor. Em nossos valores não há nenhum tipo de preconceito em relação a gênero, reli-ião ou raça. Atendemos todas as famílias da mesma forma, com a mesma humildade e carinho. Nossas sinceras desculpas a todos”, diz a empresa.

Outra que se manifestou foi a Daiso, loja japonesa que conta com um espaço exclusivo nas unidades Hirota Food Express, lançadas neste ano e que são inspiradas nas kombinis japonesas.

Em nota, a Daiso alega que “não concorda com nenhum tipo de discriminação” e que “não partilha de pronunciamentos ofensivos elaborados por terceiros, ainda que tenha sido divulgado e distribuído por uma organização atrelada direta ou indiretamente à marca”.

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