A cidade de São Bernardo do Campo inicia o ano letivo nas escolas públicas só no dia 19 de fevereiro, após duas semanas de atraso por conta da vacinação contra a febre amarela.

Desde o anúncio do primeiro caso autóctone (doença adquirida na própria cidade), a Prefeitura de São Bernardo decidiu usar as escolas como postos de vacinação. Com isso, milhares de crianças que deveriam reto-mar os estudos na segunda-feira estão em casa, à espera de uma decisão.

Ontem, o Ministério Público recomendou o início das aulas e a ampliação do horário de atendimento dos postos de saúde no período da noite. Também foi solicitada a vacinação durante os dias de Carnaval, quando normalmente não há aulas. O homem diagnosticado com febre amarela em São Bernardo tem 35 anos e está internado em uma unidade de terapia intensiva no Hospital das Clínicas. Ele não havia se vacinado e não viajou nos últimos meses para áreas de risco.

A Secretaria de Saúde da cidade ainda não sabe se a febre amarela desse homem é silvestre ou urbana.

No Brasil, 353 casos e 98 mortes decorrentes da doença foram confirmados entre 1º de julho de 2017 até anteontem. No mesmo período do ano passado, foram 509 casos e 159 óbitos.

Mesmo com o caso ainda em análise em São Bernardo do Campo, o Ministério da Saúde informa que não há registro confirmado de febre amarela urbana no País.

A pasta esclarece que todos os casos de febre a-marela registrados no Brasil desde 1942 são silvestres, inclusive os atuais. A doença, portanto, foi transmitida por vetores que existem em ambientes de mata.