Presidente de empresa japonesa nega propina

O presidente da empresa japonesa Mitsui no Brasil, Shinji Tsuchiya, negou, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, que a companhia tenha praticado atos de corrupção em seu relacionamento comercial com a Petrobras.

A empresa, junto com a Toyo e a Samsung, foi apontada como fonte de pagamento de propina para diretores da Petrobras pelo empresário Júlio Camargo e pelo doleiro Alberto Youssef. Apesar de negar ilegalidades cometidas pela empresa, Tsuchiya confirmou que Júlio Camargo era representante da Samsung em negócios com a estatal. Ele admitiu ainda que Camargo pode ter participado de reuniões na Petrobras junto com o ex-diretor da Mitsui, Ishiro Inaguage

O nome de Inaguage aparece no depoimento prestado por Júlio Camargo em processo de delação premiada. No termo de delação, Camargo afirmou que em 2005 atuou como agente da empresa Samsung para vender para a Petrobras duas sondas de perfuração de águas profundas na África e no Golfo do México. “Se a CPI formalizar o pedido, podemos obter o depoimento de Inaguage, que já voltou para o Japão”, disse.

Apesar de admitir que Camargo teve contatos com funcionários e diretores da Mitsui, Shinji Tsuch-ya disse que a empresa nunca teve contrato com ele para intermediar negócios com a Petrobras. “Nós tínhamos uma joint venture com a Petrobras e contratamos a Samsung para fabricar os navios”, disse.

As investigações apontam que a Samsung repassou 53 milhões de dólares em comissão para Camargo, dinheiro que teria sido usado para o pagamento de propinas ao ex-diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, e a Fernando Soares.

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