Mostra destaca a mulher no cinema japonês em produções das décadas de 50 e 60

Atriz em cena de “A vida de Oharu” (Foto: Divulgação)

No mês de comemoração ao “Dia Internacional da Mulher”, no próximo dia 8, o Centro Cultural São Paulo realiza a mostra “Ozu-Hara: A mulher japonesa”.
Em parceria com a Fundação Japão, a mostra exibe filmes japoneses da década de 50 e 60 que destacam o protagonismo feminino da época.
12 filmes são exibidos desde a Quarta-Feira de Cinzas até o dia 10 (exceto na próxima segunda-feira).
O título da mostra faz menção ao diretor Yasujirô Ozu e à atriz Setsuko Hara. Ambos trabalharam juntos por anos, confirmando a predileção do diretor pela atriz, que morreu há dois anos, aos 95 anos.
Mas a mostra também conta com obras assinadas por diretores que também retrataram mulheres nos filmes, como Kenji Mizoguchi, Mikio Naruse e Shohei Imamura.
Todas as sessões são gratuitas, com retirada de um par de ingresso para cada pessoa na bilheteria do Centro Cultural, 1 hora antes de cada horário marcado.
Amanhã, às 17h30, haverá um debate sobre o protagonismo feminino no cinema japonês, com Mari Sugai e Regiane Ishii. Elas irão propor uma discussão da visão da figura feminina na década de 50 em passagem para a de 60, através do cinema japonês, da era clássica até a nouvelle vague.
Sobre a programação cinéfila, hoje, dia 7, os filmes exibidos são: Quando a Mulher Sobe a Escada, às 15 horas; Uma Família em Tóquio, de Yoji Yamada, às 17h30 e, às 20 horas, Vida de casado, de Mikio Naruse, que retrata uma relação insatisfeita por parte da mulher. Já o filme de Yamada, exibe a falta de tempo dos filhos para os pais idosos. Só uma morte trágica consegue modificar o cenário.
Já no “Dia da Mulher”, na quarta-feira, os filmes selecionados são: Desejo Profano, às 15 horas; Dia de Outono, às 17h45, e Fim de Verão, às 20 horas, ambos de Yasujiro Ozu. O último filme do dia mostra a família Kahayagawa que se dedica à produção de saquê. E, em Dia de Outono, um grupo de amigos ajuda uma viúva e filha na reconstrução da vida, após a morte do homem da casa. Eles querem casar a filha, mas priorizam o novo enlace da mãe.
No dia 9, dois filmes estão programados: A Rua da Vergonha, às 15 horas, e Os Amantes Crucificados, às 16h30, os dois de Kenji Mizoguchi. O primeiro é sobre a vida de diversas prostitutas e, o segundo filme, um trio supostamente amoroso, com direito a fuga e perseguição.
Por fim, no dia 10, a mostra repete os filmes Dia de Outono, às 15 horas; Vida de Casado, às 17h45; e Uma Família em Tóquio, às 19h30.
Os filmes têm formato DCP (digitalização), em 16mm. Era uma Vez em Tóquio é exibido em versão restaurada.
O Centro Cultural São Paulo fica na rua Vergueiro, 1000, São Paulo. Tel: (11) 3397-4002.

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