O envio do satélite brasileiro de pequeno porte Serpens para a Estação Espacial Internacional (ISS), marcado para segunda-feira, foi reprogramado para hoje. O adiamento, segundo a Agência Espacial Japonesa (Jaxa), foi causado em função do mau tempo na região Sudoeste do Japão, onde está o centro espacial de Tanegashima, de onde será lançado o veículo lançador japonês H-IIB.

O satélite é o primeiro do projeto Sistema Espacial para a Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites, criado pela Agência Espacial Brasileira (AEB). A missão do equipamento é inspirada no Sistema Brasileiro de Coleta de Dados, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, responsável por colher informações ambientais do país. Em órbita, onde está programado para ser colocado no final de setembro ou início de outubro, ele receberá informações enviadas via rádio, acumular esses dados no computador de bordo e depois enviá-las para as estações de solo das universidades que integram o consórcio acadêmico que desenvolveu o satélite.

Além da Universidade de Brasília também participam do projeto as universidades federais de Minas Gerais, do ABC e de Santa Catarina. O Instituto Federal Fluminense é parceiro no processo de instalações das estações de solo. Do exterior integram o projeto universidades dos Estados Unidos, da Espanha e Itália.

Ao todo, foram investidos cerca de R$ 800 mil no nanossatélite. Pesando 2,6 quilos, o Serpens foi desenvolvido em um ano e meio. Parte da tecnologia dele é brasileira e alguns equipamentos foram adquiridos de diferentes empresas do exterior.