O Tribunal de Justiça de São Paulo liberou o aumento de 26,3% dos salários dos vereadores da capital que havia sido aprovado no fim do ano passado, mas suspenso a pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP).

Com a liberação, pois a Justiça não entendeu o aumento como prejuízo para as atividades administrativas ou a investimentos públicos, o salário dos 55 vereadores da cidade subirá de R$ 15.031,76 para R$ 18.991,68.

Além do reajuste, os vereadores têm direito à diferença mensal de R$ 3.959,92 retroativa ao início deste ano. Segundo a Câmara Municipal, essa quantia, que equivale a R$ 26 mil, já foi depositada em uma única parcela na conta de cada parlamentar. O impacto do reajuste no orçamento da Casa neste ano é de R$ 3,18 milhões.

A questão reacendeu uma polêmica criada no início do ano, quando alguns vereadores contrários ao aumento, entre eles, o nikkei Aurélio Nomura (PSDB), alegaram que devolveriam o aumento.

Na semana passada, o vereador Dalton Silvano (DEM) cobrou de forma veemente os colegas que haviam feito tal promessa, classificando-os de “oportunistas”.

Ao São Paulo Shimbun, Aurélio Nomura confirmou que não fará uso do aumento deste ano de 26% e que, ao invés de devolver a quantia para a Câmara, fará doações a entidades assistenciais. “Preferi não devolver, já que o dinheiro voltaria para a Casa e seria usado lá mesmo. A intenção é doar para entidades que conheço o trabalho e sei que contam com pessoas de boa índole”, afirmou ele, sem especificar os locais que receberão o dinheiro, mas confirmando que “alguma” associação nipo-brasileira pode ser beneficiada.

Continua…(Impresso)