O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, está no Brasil para conhecer de perto e, em primeira mão, os avanços do País em matéria de medicina nuclear e exploração de possibilidades na luta contra a zika.
Na quarta-feira, ele visitou o Centro Experimental de Aramar, no município de Iperó (SP), onde se interessou pelo projeto do Reator Multipropósito Brasileiro, que permitirá ao País a autonomia na produção de radioisótopos, usados para diagnóstico e tratamento de algumas doenças.
No dia seguinte, o especialista viajou para Brasília, onde foi recebido pelo Ministro de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab.
Ontem, Amano desembarcou no Rio de Janeiro para inspecionar a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto e se reuniu com membros da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares.
O diplomata japonês de 69 anos de idade, que vem de uma visita a Cuba, também está interessado em explorar novas possibilidades para impulsionar o uso e o desenvolvimento de técnicas nucleares que combatam pragas como o vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A AIEA desenvolve no Brasil um projeto piloto que permite a criação em grandes quantidades de mosquitos estéreis com objetivo de reduzir gradualmente a população desse inseto.