Japão abre oficialmente o mercado para exportação de ovos brasileiros

O Ministério da Agricultura confirmou que o Japão abriu oficialmente o seu mercado de ovos e derivados para as exportações do Brasil. Em nota, a Pasta informou que o Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca do Japão aceitou a proposta de certificado sanitário apresentada pelo governo brasileiro. O anúncio ocorre um mês após a visita da ministra Kátia Abreu ao país asiático.

A notícia da abertura do mercado foi muito bem recebida em Bastos, no interior de São Paulo, considerada a capital do ovo. Hoje as granjas da região bastense – batizada pelo Ministério da Agricultura como Bolsão de Bastos – produzem espantosos 190 ovos por segundo, produzidos por um plantel estimado em 20 milhões de galinhas. Contando com o plantel de reposição (pintainhas e frangas), o volume de aves alojadas no Bolsão é de 25.540 milhões de cabeças.

Em contato feito pelo São Paulo Shimbun, Cristian Maki, gerente e filho do fundador da Granja Maki, uma das mais tradicionais da cidade, e que hoje conta com mais de 1 milhão de galinhas, a notícia foi muito bem recebida. “Essa confirmação é uma notícia excelente. Claro que as exportações ficarão centradas nas grandes empresas, que, inclusive, já têm experiência nesse sentido, porém, para nós é extremamente importante, pois também movimenta muito o mercado interno”, revela ele, acrescentando que a expectativa nos últimos meses era pela abertura do mercado americano para os ovos brasileiros, devido ao maior surto de gripe aviária na história daquele país.

“Havia algumas informações dentro do mercado que haveria a abertura dos EUA, principalmente pelo momento que eles estão passando. Realmente a abertura para o Japão foi uma surpresa bastante agradável. Vamos ver agora como fica a questão com os americanos.”

Calcula-se que o atual surto de gripe aviária tenha resultado no abate de 38,9 milhões de aves nos EUA, mais do que o dobro quando comparado ao surto dos anos 1980, até então o maior. Desse total, 32 milhões eram galinhas poedeiras, aproximadamente 10% de todo o bando norte-americano.

Em nota, o Ministério da Agricultura ainda não previu quando os embarques de ovos do Brasil ao Japão poderão ser efetivamente iniciados e a quantidade que poderá ser exportada. “O Japão produz internamente somente para a mesa, que é como falamos quando nos referimos ao consumidor. Essas exportações do Brasil são, sem dúvida, para o setor industrial”, comenta Maki.

Segundo informações repassadas pelo Ministério da Agricultura, o Japão é um dos maiores consumidores de ovos e é também uma referência para outros países. No ano passado, aquele país gastou US$ 70,9 milhões para importar 17 mil toneladas de ovos e gema. Os principais fornecedores foram EUA (55%), China (11,4%), Índia (11%) e Tailândia (10,5%).

No caso do Brasil, as exportações totais de ovos e gemas renderam US$ 16 milhões no ano passado. Os Emirados Árabes Unidos são os principais clientes do País nesse mercado, com 67,2% do total exportado pelas empresas brasileiras. Em seguida estão Angola (12,4%) e Bolívia (7%).

Continua….(impresso)

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