O dinheiro da JBS, conglomerado brasileiro do setor de carnes envolvido na atual crise política brasileira, elegeu um em cada três integrantes da Câmara e do Senado, de acordo com documentos entregues pela empresa à Procuradoria-Geral da República, incluindo uma lista de parlamentares beneficiados por doações.
Segundo os delatores, a maior parte dos recursos mencionados era propina, mesmo em casos de doação oficial registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao todo, foram beneficiados pela JBS 167 deputados federais e 28 senadores, de um total de 1.829.
Na lista, conforme os depoimentos de Joesley Batista e Ricardo Saud, presidente e diretor de Relações Institucionais da JBS, estão políticos que declararam legalmente o recebimento da contribuição à Justiça, mas também há doações de caixa dois e produto de corrupção. O documento não especifica, porém, a situação de cada um dos políticos citados.
Dentre os listados estão três deputados federais nikkeis: Keiko Ota (PSB-SP), que teria recebido R$ 136 mil; Luiz Nishimori (PR-PR), com o valor de R$ 400 mil; e Walter Ihoshi (PSD-SP), com R$ 250 mil.
Procurados pelo São Paulo Shimbun, os três alegaram serem doações repassadas pelo partido e que foram contabilizadas e registradas conforme a lei.

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