Cão-guia treinado por nikkei é entregue em projeto comandado pela AACD

Cão foi entregue para paratleta de rugby (Foto: Diogo Moreira)

Sentar, deitar, fingir de morto e dar a pata são alguns dos “comandos” pedidos pela maioria dos donos de cães. Porém, os animais podem fazer muito mais do que isso.

A grande prova são os cães-guias, que oferecem às pessoas com alguma necessidade especial uma série de benefícios no dia a dia, como na transferência da cadeira de rodas para a cama, acender e apagar a luz, pegar objetos ou ajudar na troca de roupa. Essas são algumas das funções que a golden retriever Paçoca passou a ter. Na última segunda-feira, a cadela foi doada ao paratleta Lucas França Couto Junqueira, da seleção brasileira paralímpica de rugby, que ficou tetraplégico em 2009, quando sofreu um acidente de mergulho na praia de Ponta Negra, Rio Grande do Norte
Paçoca é o primeiro cachorro do Projeto Genocão, iniciado em 2013 e que foi todo desenvolvido pela Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) e financiado pelo Fundo Estadual de Interesses Difusos, vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania. O responsável pela entrega foi o governador Geraldo Alckmin, que falou sobre os benefícios que o cão trará ao atleta. “Está sendo entregue a cachorra Paçoca para o paciente Lucas. O cão treinado vai ajudá-lo a apagar e acender a luz, pegar alguma coisa que cair no chão. Enfim, ela consegue ajudá-lo nas tarefas domésticas, além de ser uma ótima companhia”, comentou o governador. “É nosso dever reconhecer a excelência do trabalho que é feito na AACD, agradecer por este trabalho, que é em grande parte voluntário, e retribuir.”

O treinamento foi todo realizado pela equipe da Tudo de Cão, empresa do adestrador Leonardo Ogata, um dos fundadores. Em entrevista ao São Paulo Shimbun, ele revelou que a análise de quais cachorros poderão se tornar cão-guia começam já no nascimento. “Procuramos algumas características já na ninha-da, quando excluímos os extremos. Dessa forma, ti-ramos os cães medrosos e possessivos, por exemplo. A partir daí, esses cães ficam, por um ano, com uma família, quando co-meça a parte da socialização e o mundo será apresentado a ele. Só depois desse período começam os treinos para torná-lo um cão-guia. Na parte final do treinamento, que chamamos de ‘formação de dupla’, a pessoa que receberá o cão passa, durante cerca de dois meses, a fazer parte dos treinos, todos os dias, para que o animal seja treinado para as necessidades específicas”, explicou o nikkei.

Segundo ele, todos os cachorros podem ser treinados para atuar como cão-guia, mas a preferência é por golden ou labrador. “Essas raças tem algo que chamamos de ‘boca mole’, que é a capacidade de pegar um objeto sem danificá-lo. Também são duas das raças mais sociáveis”, revelou Ogata, colocando o limite mínimo de dois anos para que o cão esteja completamente apto a atender uma pessoa com necessidades especiais.

Continua…(Impresso)

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