Brasileiros descobrem radiação de bombas

Estudiosos brasileiros estão descobrindo precisa-mente o nível de radiação encontrado em vítimas do bombardeio das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, realizada pelos Estados Unidos, em 1945. Os artefatos atômicos de quatro toneladas mataram, segundo estimativa, cerca de 220 mil pessoas de forma instantânea, no único ataque do tipo registrado no mundo.

Em continuidade a uma pesquisa que começou ainda nos anos 1980, sob a coordenação do físico Sérgio Mascarenhas, professor na Universidade de São Paulo (USP), pesquisadores do País descreveram em artigo publicado na revista “PLOS One” um método capaz de dosar com precisão a radiação absorvida por amostras de ossos dessas vítimas.

O trabalho foi conduzido durante o pós-doutorado de Angela Kinoshita, atual-mente docente da Universidade do Sagrado Coração, em Bauru, sob super-visão de Oswaldo Baffa, professor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP-USP). Para chegar ao resultado foi usada uma técnica conhecida como espectroscopia de ressonância paramagnética eletrônica, com o intuito de fazer um trabalho de dosimetria retrospectiva.

“Existiam muitas dúvidas sobre a viabilidade de usar essa metodologia para determinar a dose depositada nessas amostras, devido a todos os processos envolvidos no episódio. Esse trabalho confirma que isso é viável e abre várias possibilidades de pesquisas futuras que poderão esclarecer detalhes do ata-que nuclear”, disse a pesquisadora nikkei, lembrando que o ineditismo do es-tudo está relacionado com o fato de as amostras ava-liadas serem oriundas justamente de tecido humano de vítimas do ataque a Hiroshima.

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