Brasil se une ao Japão contra exclusividade

O Brasil e o Japão, além dos EUA, se uniram contra europeus que exigem que produtores desses países não usem mais termos como gorgonzola, brie e pro-secco. Para os europeus, o nome gorgonzola, por exemplo, só poderia ser dado ao queijo feito na Itália. Estados Unidos e Japão já se posicionaram contra exigências desse tipo e disseram que vão continuar usando as nomenclaturas.

A exigência da União Europeia (UE) surgiu em meio às negociações para um acordo comercial. Nele, a UE solicitou ao Brasil e aos demais países membros o reconhecimento de mais de 300 indicações geográficas (IGs) registradas no bloco europeu. As IGs identificam produtos cujo local de produção tenha se tornado conhecido ou quando suas características estão atreladas ao meio geográfico de origem. É o que acontece com a champanhe, que só é chamada assim se vier da região de Champagne, na França.

O problema é que algumas denominações reivindicadas como IGs já são amplamente usadas em diversos países. Na parte de laticínio, a lista da UE ao Mercosul inclui, por exemplo, variedades especiais de queijos como os franceses brie e camembert, os italianos gorgonzola, provolone e parmesão, o suíço emental e o holandês gouda.

A Associação Brasileira da Indústria de Queijos diz ter encaminhado documento ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e ao Ministério da Agricultura alegando que vários dos nomes estariam no domínio mundial. Além disso, garante que as restrições propostas pela União Europeia poderiam afetar quase todos os fabricantes de queijo no país, exceto os que já trabalham com produtos de denominação brasileira, como o canastra, original de Minas.

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