O trabalho de Rafael Hayashi é a grande atração da Galeria A7MA, que recebe, até o dia 26 de setembro, a exposição “Perda”, mostrando a trajetória do nikkei que traz o corpo como eixo principal de sua arte.

A exposição condensa os trabalhos mais maduros do artista. Neles, o movimento das pinceladas tem como base a anatomia humana, mas se desprende da representação realista. Os músculos, por exemplo, se dissolvem em nuvens viscerais nebulosas. Além disso, em algumas pinturas, pequenos elementos chapados contrastam com a característica pictórica do resto do trabalho, reforçando a singularidade da pesquisa do nikkei.

Artista plástico formado no Instituto de Artes da Unesp, Hayashi fez da pintura o seu principal produto artístico. No início de sua pesquisa, a linha modelava os corpos humanos. Essa linha, porém, foi ganhando corpo e variações de espessura, sob for-te influência da pintura contemporânea e da caligrafia oriental,  carregando em seus trabalhos marcas claras do ukiyo-ê.

Vale lembrar que, no início do ano, Hayashi foi envolvido em uma grande polêmica por ter sido um dos autores do grafite feito nos Arcos do Jânio, no Centro de São Paulo –  com autorização do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental -, cuja imagem de um homem trazia traços do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez.  A similaridade fez com que o nikkei fosse alvo de ira propagada nas redes sociais e que tomou conta do País em virtude da última eleição presidencial.

A exposição pode ser visitada de segunda a sábado, das 11 às 20 horas, na rua Harmonia, 95B, Vila Madalena, em São Paulo. A entrada é gratuita.