A esperada vacina contra a dengue não deve ser adiantada, como deseja o Instituto Butantan, responsável pela produção.
A negativa vem da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que não autorizou a liberação da fase 3.
Atualmente, os estudos estão na fase 2 e o Butantan havia pedido a antecipação da 3 devido ao alto número de casos de dengue no País.
A Anvisa, porém, alega que algumas pendências ainda precisam ser resolvidas pelo Instituto Butantan e, enquanto as informações não forem respondidas, não haverá autorização.
Nos planos do Instituto, a vacina da dengue deve ficar pronta no ano que vem. Para isso, porém, é preciso ser feita a terceira fase do teste, com 17 mil voluntários de todas as regiões.
Para o governo, em caráter otimista, a vacina só estará disponível em 2018. A demora, além da fase 3 de teste, tem a ver com a construção de uma área industrial somente para a produção da vacina.
De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o “atraso” da vacina não é de responsabilidade da Anvisa e sim do próprio Butantan, que demorou a apresentar documentos essenciais ainda para a fase 2.
Com a chegada do frio e depois de meses de alta de dengue, os brasileiros vivem em calmaria. Em maio, o número de casos de dengue caiu 68% em relação a abril.
De janeiro a maio, o País teve cerca de 1 milhão de casos de dengue, com seis mortes. A mais recente deu-se segunda-feira, uma mulher de 65 anos, em São José dos Campos.
O Estado de São Paulo apresenta o maior número de casos do País, com 495 mil registros desde o início do ano.