Líder de movimento comemora resultado de protesto e aguarda resposta de Brasília

Kim Kataguiri é um dos líderes do MBL (Foto: Arquivo Pessoal)

O domingo foi tomado novamente de verde e amarelo. Pessoas favoráveis ao impeachment da presidente Dilma e descontentes com os casos de corrupção ocuparam as ruas das principais capitais do País.

Em São Paulo, como nas outras duas manifestações (15 de março e 12 de abril), os números se divergem. Anteontem, a Polícia Militar calculou 350 mil pessoas na av. Paulista, enquanto que o Datafolha, 135 mil. Pelo sim, pelo não, o fato é que líderes de movimentos organizadores do ato comemoram o resultado.

De acordo com Kim Kataguiri, do Movimento Brasil Livre (MBL), a manifestação foi um sucesso. “Esperava o número de 12 de abril (275 mil pela PM e 100 mil pela Datafolha), mas foi muito maior. Agora é esperar por respostas institucionais do processo de impeachment de Brasília. Isso deve ocorrer entre amanhã (hoje) e quarta-feira”, disse Kim Kataguiri ao São Paulo Shimbun.

Jovem, com apenas 19 anos, articulado e carismático, haja vista o número de selfies que tirou a pedido de manifestantes na av. Paulista, Kataguiri está empenhado em ver a queda da presidente Dilma Rousseff e começa a ver com outros olhos a participação dos opositores tucanos na campanha. Negando ter criticado a presença do senador Aécio Neves na manifestação de domingo, em Belo Horizonte, como veiculado em algumas mídias, o mestiço de pai descendente de japonês crê que a aparição do tucano tenha sido “benéfica lá” (em MG). “O que não é benéfico é o discurso deles, que rechaçam o impeachment. Mas eles estão começando a mudar…”, lembra.

Sem acordo direto com Aécio Neves, mas sim com  com a ala tucana na Câmara – deputados Carlos Sampaio e Bruno Araújo -, Kim Kataguiri diz não atuar junto a partidos até por ser o seu Movimento Brasil Livre “suprapartidário” (acima de qualquer partido). E é daí que virá um candidato para as próximas eleições, a primeira já no ano que vem.

Mas quem pensa que o nome de Kim Kataguiri é o certo, errou. “Não no ano que vem. Vamos criar uma bancada, com candidato sim, e independente de partido político”, avisa.

Continua… (impresso)

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