Doença já vista no Japão mata dois na Bahia

Uma doença misteriosa que apareceu na Bahia e agora chegou ao Ceará tem intrigado os cientistas. Pacientes aparecem com dores fortes e com a urina na cor preta.

Por enquanto, eles têm como suspeita uma intoxicação pelo consumo de peixe ou uma infecção por paraechovírus (vírus de RNA, assim como o zika). As duas hipóteses já tiveram surtos semelhantes relatados, inclusive no Japão, em 2008, 2010 e 2014. No Brasil, em 2008, um surto com 27 pessoas afetadas pela doença de Haff foi associada ao consumo dos peixes pacu-manteiga, tambaqui e pira-pitinga no Amazonas.

De acordo com a literatura médica, a doença de Haff foi identificada no verão de 1924 e é caracterizada por uma grave rigidez muscular, frequentemente acompanhada por urina escura – mesmos sintomas da doença registradas neste ano no Brasil.

A doença, ainda sem uma causa confirmada pelos pesquisadores e órgãos de saúde, contabiliza 52 casos na Região Metropolitana de Salvador e duas pessoas morreram. A se-gunda vítima morreu no último sábado, em Salvador. O primeiro óbito ocorreu no dia 31, em Vera Cruz. Também já são três casos confirmados de infecção no Ceará.

Amostras de fezes de nove pacientes da Bahia foram encaminhadas para o Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. O órgão é referência na análise de amostras para identificar novas doenças. As análises estão em andamento, mas o instituto pediu mais amostras de soro e de urina para continuar a investigação. Não há um prazo para a entrega do laudo.

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