Dados divulgados, no final da semana passada, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) confirmaram que a troca comercial entre Brasil-Japão atingiu, no ano passado, US$ 9,72 bilhões, volume 22,96% inferior ao registrado em 2014 (US$ 12,62 bilhões).
As exportações brasileiras para o Japão chegaram a US$ 4,84 bilhões em 2015, resultado 27,89% inferior ao contabilizado no ano anterior. As importações do Japão sofreram, por outro lado, retração menor, de 17,35%, totalizando US$ 4,88 bilhões. As trocas comerciais com o Japão registraram saldo negativo para o Brasil de US$ 32,24 milhões. Trata-se do primeiro déficit comercial brasileiro desde 2009 (US$ 1,1 bilhão).
Em 2015, o Japão recebeu 2,53% das exportações brasileiras, nível aquém dos 2,98% registrados em 2014, o que o classificou na posição de 6º maior comprador (5º em 2014). O Japão respondeu por 2,84% das importações brasileiras, parcela superior à de 2,58% do ano anterior, passando da 9ª para a 6ª colocação como principal fornecedor para o País.
Os principais produtos exportados para o Japão foram: minérios de ferro e seus concentrados, US$ 1,21 bilhão (variação de -50,60%); carne de frango congelada, US$ 837 milhões (queda de 22,16%); milho em grãos, US$ 461 milhões (alta de 98,11%); e café cru, US$ 440 milhões (queda de 10%).
Os principais produtos importadas pelo Brasil foram partes e peças para veículos automóveis e tratores, US$ 505 milhões (queda de 13,48%); automóveis de passageiros, US$ 326 milhões (queda de 22,02%); e instrumentos e aparelhos de medida, US$ 224 milhões (queda de 17,42%).