Brasil deve perder consumidores japoneses

Produtores de etanol do Brasil estão assustados, já que podem perder uma grande fatia do seu maior mercado, o Japão, depois de Tóquio se inclinar à pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pender para o agronegócio norte-americano.

Até recentemente, quase todo o etanol usado para produzir éter etiltercbutílico (ETBE) para o consumo japonês vinha do Brasil, cujo etanol à base de cana-de-açúcar apresenta me-nos emissões de dióxido de carbono na comparação com o biocombustível dos EUA. Porém, em abril, o governo do Japão afrouxou as exigências de emissões do ETBE enquanto seu primeiro-ministro estava visitando os Estados Unidos. A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) acusou Tóquio de se desviar dos controles ambientais, mas os produtores norte-americanos de etanol aplaudiram o movimento, uma rara vitória comercial para os agricultores dos EUA que sofreram muito com a escalada da tensão comercial de Washington com a China.

Essa é a primeira vez que a indústria de etanol dos EUA terá a oportunidade de competir por uma parte do mercado de mistura de combustíveis do Japão. As novas regras sobre o etanol no Japão começaram com uma consulta pública no ano passado para revisar os padrões de mistura de combustíveis. No entanto, o governo brasileiro acreditava que apenas se tratava de um movimento do Japão para aliviar as preocupações de Trump sobre o superávit comercial do país com os Estados Unidos.

O Japão consome 45% das exportações de etanol do Brasil, cerca de 800 milhões de litros/ano.

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