OMS reconhece relação do zica vírus com microcefalia em bebês
O Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu um alerta mundial sobre a epidemia de zika vírus. Em comunicado, a organização reconheceu oficialmente, pela primeira vez, a relação entre o zika e os casos de microcefalia, ao mencionar o estudo brasileiro do Instituto Evandro Chagas, que revelou a presença do vírus em um bebê microcéfalo.
Para o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Mairevovitch, a com-provação não muda no primeiro momento as orientações. Gestantes devem reforçar o uso de repelentes, proteger-se contra mosquitos e evitar o conta-to de pessoas que apresentem sintomas da doença (febre baixa, coceiras e manchas vermelhas pelo corpo).
Cientistas ainda estudam se existe outras for-mas de transmissão além da picada. A suspeita é pelo sêmen, por transfusão de sangue e por leite materno. Diante da dúvida, os médicos estão recomendando que as mulheres que estiverem amamentando e perceberem sintomas do vírus interrompam o aleitamento por pelo menos cinco dias, já que esse é o período que dura os sintomas do zika.
O Ministério da Saúde divulgou essa semana que o número de casos suspeitos de microcefalia no Brasil passou de 739 para 1.248 em menos de uma semana. As ocorrências foram registradas no Nordeste, Centro-Oeste e atingem também o Sudeste, com 13 ocorrências em investigação no Rio de Janeiro.
Foram ainda notificadas sete mortes, das quais uma foi confirmada até o momento. Todos os casos são de bebês que já nasceram. Ainda não há estimativas sobre quantos bebês em gestação apresentam a má-formação que, em 90% dos casos, pode levar à deficiência mental.