O cineasta, pintor, romancista e comediante, Takeshi Kitano, que completou 70 anos na última quarta-feira, será homenageado, no Rio de Janeiro, com uma mostra inédita.

Intitulada “Takeshi Kitano: Glória ao Cineasta!”, as exibições, que vão até o dia 29 de janeiro, têm o intuito de celebrar uma das figuras mais famosas da cultura japonesa. Com 12 trabalhos do diretor, a mostra, em cartaz na Caixa Cultural Rio de Janeiro, traz a diversidade de sua produção e sua versatilidade artística.

Conhecido primeira-mente por apresentar pro-gramas de humor na televisão, Takeshi inventou o Castelo de Kitano, que teve uma notória versão brasileira – as Olimpíadas do Faustão. Disposto a aceitar outros desafios, reinventou-se como cineasta, originalmente com obras sobre os gângsters da yakusa – a máfia japonesa – as quais lhe trouxeram fama internacional, além de fãs como o ator e diretor americano, Quentin Tarantino.

Sem parar de propor outras vias de experimentação, Kitano começou a rea-lizar filmes a partir de outras temáticas e de forte sensibilidade artística, o que lhe rendeu alguns dos principais prêmios internacionais de cinema, como o Leão de Ouro no Festival de Veneza. Normalmente, os temas dos filmes são fortes, mas suas produções são altamente poéticas, sem abdicar do senso de humor.

As sessões acontecem sempre de terça a domingo, e serão sempre duas produções por dia, às 15h30 e 18 horas. Hoje, o primeiro filme exibido será “Volta às aulas”. Nele, Shinji e Masaru são amigos de colégios que passam seus dias aterrorizando os colegas, pregando peças e indo ao cinema. Eles decidem largar a escola e fazer fortuna no mundo “real”: Shinji se torna um boxeador pé-de-chinelo, enquanto Masaru se une à Yakuza. Ao longo dos anos, eles alcançam certo sucesso, mas sua natureza indisciplinada retorna para atormentá-los.

Logo depois será a vez de Hanabi – Fogos de Artifício, no qual, o policial (Takeshi Kitano) descobre que sua mulher está prestes a morrer e que seu parceiro foi baleado por mafiosos. Ele deixa a polícia e parte em busca de vingança, ao mesmo tempo em que se decide a cuidar da esposa. Logo depois da segunda exibição, o público pode participar de um bate-papo com o curador Guilherme Delgado e a pesquisadora Janete Oliveira. O mesmo ocorre no dia 27 de janeiro.

No sábado, será exibido de Glória ao Cineasta, no qual, o diretor conta sobre sua história, um homem que faz uma paródia de si mesmo na história de um esforçado diretor de cine-ma que vaga por diferentes gêneros a fim de concluir seu mais recente projeto. Em seguida é a vez de “Verão Feliz”. Na época mais quente do ano, o pequeno Masao não tem com quem brincar e o cinquentão Kikujiro jamais se-ria a companhia ideal para um garoto de nove anos de idade. Mas os dois saem em busca da mãe que Masao nunca conheceu, nu-ma viagem que mostrará que a realidade não é nada sem a magia.

Continua…(Impresso)