Japão quer facilitação na exportação de pellets
Executivos da empresa japonesa Sumitomo querem que o governo brasileiro faça gestão junto ao governo japonês para facilitar a exportação de pellets produzidos a partir de resíduos da cana-de-açúcar brasileira. O bagaço e a palha da cana são usados como matéria-prima pela empresa.
O Japão é um dos maiores mercados consumidores de pellets do Brasil. Atualmente, o produto tem ingressado no país asiático apenas como resíduo. Empresários japoneses querem mudar essa classificação para tornar o comércio mais favorável.
A solicitação foi feita pelos representantes da Sumitomo, associada no Brasil à Cosan, ao ministro interino do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimentos, Eumar Novacki, na última semana.
A joint venture formada pelas duas empresas, a Cosan Biomassa, possui uma planta de produção na região de Jaú, no interior de São Paulo, e produz 175 mil toneladas de pellets por ano, mas tem como objetivo expandir a produção para 2 milhões de toneladas até 2025 e para 8 milhões de toneladas no futuro.
A estimativa é de que o Japão importe entre 10 e 20 milhões de toneladas de biomassa peletizada até 2030. A vantagem dos pellets é que são facilmente transportáveis. No Brasil, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) negocia e apoia o projeto desde seu início, em 2010.
O pellet é um aglomerado de combustível feito a partir de matéria resultante da limpeza e de resíduos das florestas e dos desperdícios da indústria da madeira, triturado e seco, sendo depois comprimido obtendo a forma final de pequenos cilindros. Os pellets são formas mecanicamente estáveis de pó ou de serragem de madeira.