‘Japan House’ é sucesso de público e Bunkyo a vê como aliada na divulgação da cultura

Mais de sete mil pessoas compareceram a “Japan House”, neste final de semana, quando ocorreu a abertura oficial ao público.
De acordo com a assessoria do espaço, 4.300 pessoas visitaram o local no sábado e, faltando uma hora até o fechamento das portas no domingo, outras três mil já haviam passado por lá, formando filas que ocuparam a calçada, na avenida Paulista. Diante do sucesso, a espera para conhecer a “Casa” Japão e também visitar a exposição “Bambu – Histórias de um Japão”, chegou a 1 hora. A mostra fica em cartaz até o dia 9 de julho.
Apesar de se tratar de uma novidade, o que naturalmente atrai a atenção do público, a “Japan House” já começa a dar mostras que se tornará um importante divulgador da cultura japonesa no País. Soma-se ao número de visitantes na sede, as mais de 15 mil pessoas que estiveram no Ibirapuera, na tarde de domingo, para assistir o show de Jun Miyake e Ryuichi Sakamoto, em evento que encerrou oficialmente as comemorações pelo lançamento oficial.
Todo esse sucesso, porém, também vem cercado de certa polêmica, principalmente envolvendo entidades antigas ligadas à cultura japonesa. Não foram poucas as reclamações da “velha guarda” nipo-brasileira, principalmente em relação à postura da Casa em vender a ideia do “Japão verdadeiro”.
A citação, que já foi dita uma série de vezes por pessoas que trabalharam no projeto, tem repercutido e incomodado uma parcela nikkei, sob a alegação de desrespeito a tudo ao que foi feito na divulgação e preservação da cultura japonesa durante todos esses anos.
Chama a atenção que, em entrevista anterior, o cônsul do Japão em São Paulo, Takahiro Nakamae, já dava a entender que sabia desse descontentamento de setores da comunidade com o projeto, tanto que elegeu “o convencimento da comunidade” como um dos principais desafios que enfrentou durante os dois anos que duraram as obras.
Aparentemente, essa “disputa” não chegou à principal entidade da comunidade nikkei.
Em entrevista ao São Paulo Shimbun, a presidente da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo), Harumi Goya, que inclusive participa do Conselho Superior da “Japan House”, rechaçou qualquer tipo de concorrência.
Continua… (no impresso)