Foi enterrada ontem, no cemitério Santa Clara, em Quatro Bocas, no Pará, a jovem Karina Sayuri Konagano, de 23 anos, filha do presidente da Cooperativa Mista de Tomé-Açu, Michinori Konagano, palestrante de reputação internacional, especializado no sistema agroflorestal.
O corpo da nikkei foi encontrado carbonizado, no último domingo, em um terreno baldio em um distrito de Tomé Açu. De acordo com informações da polícia, Karina foi vista pela última vez deixando a casa da avó, no último sábado, por volta das 15 horas, em uma motocicleta, com destino à casa de outro familiar, e não mais retornou. Preocupados, os familiares chegaram a registrar um boletim de ocorrência informando sobre o desaparecimento.
Sem informações, os parentes começaram a procurá-la em possíveis casas de amigos, porém, no início da tarde de domingo, a motocicleta que ela pilotava foi encontrada abandona-da em uma área de difícil acesso, com a chave no contato. A 50 metros, um corpo foi achado totalmente carbonizado. Chamados, os familiares reconheceram previamente as roupas e os sapatos que ela usava no dia do desaparecimento.
O corpo da jovem foi removido para a capital paraense e passou por exame necroscópico no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, sendo liberado na segunda-feira, pelo Instituto Médico Legal.
Em entrevista à emissora japonesa Fuji TV, o pai Michinori Konagano mostrou-se inconformado e falou sobre o impacto da morte da filha para toda a família. “Não consigo entender como algo tão cruel pode ter acontecido com minha filha”, disse ele, que, como presidente da Cooperativa Mista de Tomé-Açú, era esperado para participar da recepção ao príncipe Akishino, durante a visita programada para Belém no dia 3 de novembro.

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