Embaixada confirma visita de príncipe japonês para as celebração dos 120 anos do Tratado

Reunião para definir detalhes da visita ao MS (Foto: Divulgação)

Está confirmado. O Brasil recebe, em novembro próximo, a visita Akishino, filho mais novo do imperador Akihito e da imperatriz Michiko – segundo na linha sucessória ao trono do Crisântemo -, além da sua esposa, a princesa Kiko. Como divulgado, ainda em maio, pela reportagem do São Paulo Shimbun, a presença era aguardada, porém, não oficializada pelos dois países.

A efetivação da visita, antes anunciada apenas pela estatal japonesa NHK, partiu agora do secretário de Governo e Gestão Estratégica do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, após reunião, na tarde de segunda-feira, com membros do Consulado Geral do Japão de São Paulo, que estiveram em Campo Grande para ajustar os detalhes da viagem, que marcará as comemorações pelos 120 anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação Brasil-Japão.

Questionada, ontem, sobre o fato, a Embaixada do Japão admitiu oficia-mente à reportagem a vinda do príncipe Akishino e sua esposa, mas alegou ainda “não ter as cidades que serão visitadas e nem a data correta”. Além do Pantanal sul-matogrossense e a capital Campo Grande, outros estados devem fazer parte da agenda japonesa. Informações não oficiais dão conta que o representante do Japão visitaria, pelo menos, outros três estados brasileiros: Brasília, São Paulo e Paraná. A princípio, a visita duraria cerca de duas semanas e se daria no começo do mês em questão.

“A vinda da família imperial para o Brasil é uma oportunidade para fortalecer ainda mais a relação entre os dois países, inclusive na questão das comidas típicas do nosso país”, disse o diretor de Assuntos para América do Sul do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão, Tetsuya Otsuru, que participou do encontro dessa semana.

Antes, em agosto, o embaixador do Japão no Brasil, Kuno Umeda, também irá a Campo Grande para acertar os ponteiros da visita. O encontro com o secretário Riedel vai acontecer no dia 3 de agosto. Ainda segundo Otsuru, o convite feito à família imperial partiu do Governo Fe-deral.

Mesmo sem nenhuma oficialização, já era grande a possibilidade do representante japonês ser o príncipe Akishino. Entre outros atos no país é esperado que o príncipe tem um encontro com a presidente Dilma Rousseff, e faça um discurso em Brasília, para promover e ampliar as relações bilaterais entre os países. Essa é a segunda vez que Akishino desembarcará oficialmente em território nacional. A primeira foi em 1988, quando das celebrações pelos 80 anos da imigração japonesa no Brasil.

Em 2014, ele fez uma visita de 12 dias a América do Sul, ao lado da esposa, porém, não veio ao Brasil. Na ocasião, ele cumpriu agenda oficial no Peru, país com o qual o Japão celebrou 140 anos de relações diplomáticas, e a Argentina, para comemorar 50 anos desde o estabelecimento de um acordo bilateral de imigração. O príncipe Akishino nasceu no Palácio Separado de Aoyama, em Tóquio. Seu nome original é Fumihito. Em 1984, ele entrou para a Universidade de Gakushuin, onde estudou Direito. Depois de se graduar foi estudar Zoologia em St John’s College, na Universidade de Oxford, no Reino Unido. Assim como seu pai, o príncipe não se casou com uma mulher da nobreza japonesa ou de um dos ramos da Família Imperial. Com o casamento, ele recebeu o título e a autorização da Agência da Casa Imperial para estabelecer uma família.

A última visita de um príncipe japonês ao Brasil ocorreu em 2008, quando Naruhito esteve no País, por oito dias, para celebrar o centenário da imigração japonesa. Conforme dados do Portal do Brasil, site do Governo Federal, o país conta com a maior população de origem nipônica fora do Japão. São mais de 1,5 milhão de pessoas que trocaram o país asiático pelo latino-americano. O Japão, por sua vez, acolhe a terceira maior comunidade de brasileiros no exterior (mais de 175 mil).

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