Comunidade nikkei cria associação e lança pedra fundamental de ‘Casa Japonesa’

Em meados dos anos 80, a comunidade japonesa de Ijuí, no Rio Grande do Sul, já sonhava em abrir uma associação para difundir suas raízes nipônicas. Porém, com a saída de muitos para trabalhar no Japão, esse sonho ficou adormecido, até esse mês, que ficará marcado pela criação da Associação Regional de Cultura Japonesa.
Com o objetivo de resgatar a história da imigração japonesa em Ijuí e região e transmitir os principais valores e tradições do povo japonês, a entidade foi formalmente criada. Se não bastasse, no último sábado, a comunidade nikkei local fez o lançamento oficial da pedra fundamental da Casa Japonesa, no terreno onde será construída a edificação, que fica no Parque Wanderley Burmann, considerado um dos maiores do estado. Um dos destaques do local, aliás, é o movimento étnico. Há casas típicas de diversas etnias que ocuparam Ijuí, entre eles, alemães, portugueses, austríacos, árabes, letos, suecos, italianos, afros, espanhóis, holandeses e poloneses. O espaço escolhido para os japoneses ficará ao lado do pavilhão do artesanato e todos os trâmites burocráticos para a legalização da área já foram concluídos.
Emocionado, o presidente da Associação Japonesa, Mateus Mitsuo Asada, afirmou que esse momento é um sonho, que começou há 30 anos, com os pais daqueles que, agora, formam a entidade cultural. “Lembro-me das reuniões que eram realizadas. Essa semente ficou plantada nos nossos corações e, 30 anos depois, nós conseguimos juntar descendentes e imigrantes para formar nossa etnia. Esse ano, a semente germinou, justamente no ano em que se completa 110 anos da imigração japonesa no Brasil”, afirma ele.
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