A partir do dia 6 de novembro, o “Parque do Japão”, em Maringá, será devolvido para a administração pública.

Inaugurado em 2014, o local era administrado, desde sua fundação, por uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), que venceu a licitação de concessão. Entretanto, como divulgado pelo São Paulo Shimbun em julho, o Parque passava por uma grave crise financeira, com dívidas de R$ 400 mil.

A Oscip, formada por uma série de empresários, assumiu o Parque por 30 anos e, por contrato, ficou responsável por toda a segurança, manutenção e também as contas, como água, luz e telefone. Para isso, ficou acordado com o município um repasse mensal, nos primeiros dois anos, de R$ 44 mil; R$ 40 mil no terceiro e quarto anos; e R$ 36 mil nos de-mais, em um contrato total de R$ 13,2 milhões. Porém, na prática, essa quantia se mostrou insuficiente.

Apesar dos inúmeros pedidos por parte da Oscip, solicitando o aumento para, pelo menos, R$ 80 mil mensais, a Prefeitura se disse impossibilitada, pois seria obrigada a realizar uma nova licitação, já que os valores iniciais estavam em contrato. A única ajuda perante as reclamações foi a correção do valor deposita-do em relação à inflação, além do pagamento de R$ 90 mil retroativos aos meses em que essa correção não foi feita.

Para piorar, também por contrato, a Oscip não podia cobrar ingressos e, por conta disso, alguns empresários da comunidade chegaram a tirar dinheiro do próprio bolso para a manutenção. A administradora também era obrigada a manter o Parque aberto por, no mínimo, cinco dias por semana. Como contrapartida, tinha o direito de explorar comercialmente serviços de cultura, turismo, lazer e entretenimento.

A confirmação da devolução foi dada à reportagem pela gerente do “Parque do Japão”, Meire Cristina Yoshii Fugou. “Dia 6 de novembro se encerra oficialmente o contrato. Os funcionários estão sabendo e já estão cumprindo aviso prévio”, afirmou ela, explicando que dez funcionários foram afetados

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