Dilma envia carta se desculpando com o Japão

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, pediu desculpas formais ao Japão pelo cancelamento de uma viagem que faria essa semana àquele país. Segundo informações do governo brasileiro, a presidente enviou, no sábado, uma carta ao imperador do Japão, Akihito.

Na segunda-feira, apesar da expectativa de que Dilma se reunisse com o premiê japonês, Shinzo Abe, às margens da conferência do clima em Paris, houve apenas um rápido cumprimento.

Informalmente, o governo brasileiro reconhece que a decisão de cancelar, pela segunda vez, a viagem da Dilma ao Japão – a primeira foi por causa dos protestos de junho de 2013 – causou um “desconforto” e teve impacto negativo com o governo japonês. Dilma seria recebida pelo imperador Akihito, uma deferência nem sem-pre concedida a chefes de Estado em visita ao país.

Para se ter uma ideia da surpresa, quando o Itamaraty entrou em contato com o embaixador do Japão no Brasil, Kunio Umeda, para informá-lo da decisão, ele já estava em São Paulo para embarcar para Tóquio.

Em comunicado, a chancelaria japonesa “lamentou muito” o cancelamento da visita, “que iria acontecer num momento bastante oportuno para o fortaleci-mento das relações bilaterais”. O texto diz, contudo, que o Japão “continuará se esforçando para o desenvolvimento da parceria entre os países”.

O Japão é o 6º maior parceiro comercial do Brasil e era certo que, durante a viagem, seria anunciada a reabertura do mercado japonês à carne bovina brasileira. As exportações fo-ram banidas em 2012, após um caso atípico de doença da vaca louca no país. Porém, após anos de negociações e análises, as exportações devem ser retomadas ainda esse ano.

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