‘45º Moti Tsuki’ celebra o fim do ano na Liberdade com distribuição grátis

20 mil sacos de moti serão preparados na hora (Foto: São Paulo Shimbun)

Seguindo a tradição, o último dia do ano em São Paulo tem passeio certo para quem pretende entrar como uma energia boa em 2016: o bairro da Liberdade.

No dia 31, das 7h30 às 13 horas, milhares de bolinho da prosperidade serão distribuídos na 45ª edição da festa “Moti Tsuki Matsuri”, realizada pela Associação Cultural e Assistencial da Liberdade (Acal), junto com a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo), Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo (Enkyo), Aliança Cultural Brasil-Japão e Câmara do Comércio e Indústria Japonesa no Brasil.

Ao todo, 20 mil saquinhos com dois motis (nas cores branco e vermelho, tons da bandeira do Japão e que simboliza paz e felicidade) e três mil tigelas de sopa ozooni (com moti), tomado para afastar todos os males, serão distribuídos gratuitamente para as pessoas que, a cada ano, aguardam ansiosas na fila, com alguns chegando por volta das 6 horas. Para os japoneses, comer moti no primeiro dia do ano traz boa sorte, prosperidade e fartura durante os próximos 12 meses.

De acordo com os organizadores, foram necessários 2.400kg de arroz para a produção dos motis. Todos os produtos utilizados no preparo foram doados por empresas privadas parceiras do evento.

Os preparativos dos motis começam às 7h30, mas a distribuição gratuita é feita só meia hora depois, com um saquinho por pessoa. O moti será dado até as 13 horas e a expectativa dos organizadores é pela presença de pelo menos 30 mil pessoas. Para mostrar um pouco da cultura japonesa aos populares, o modo tradicional de como é feito o moti, com batidas da massa no pilão, também será apresentado em plena Praça. O moti é feito num ussu (pilão japonês), com a ajuda de um tsuchi, que é uma espécie de grande marreta de madeira. A tarefa é realizada por duas pessoas. Enquanto um bate, outra borrifa um pouco de água, isso é feito para o arroz não grudar no bastão ou no pilão. O processo é repetido até a massa ficar lisa e firme.

O público também terá a chance de, seguindo a lenda budista para atrair mais sorte, passar sob o arco de bambu, instalado bem no centro da Praça da Liberdade.

Também para atrair bons fluídos, a abertura oficial do evento deste ano terá apresentações de taikô do grupo Tenryu Wadaiko, de São Miguel, e dos tambores da Acal. Em seguida, será realizada uma cerimônia religiosa xintoísta, conduzida pelo reverendo Kazuo Osaka, do Templo Nambei Jingu, que fará a benção.

Por fim, haverá a saudação das autoridades, que, por volta das 10h30, fazem o ato de socar motigome (massa de arroz) e, a partir daí, começa o oferecimento dos ozoonis. A festa acontece até o início da tarde e, neste período, autoridades e convidados concentram-se na sede da Acal. Lá, antes da degustação de ozooni, será realizada uma festiva celebração com execução dos hinos nacionais do Brasil e do Japão. Para ambientação, músicas serão ouvidas a partir da condução de Yataro Amino, no canto, e de Lílian Miyuki Yamamoto, ao teclado.

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