Exposição no Pavilhão Japonês celebra os 110 anos da imigração japonesa

Mostra conta com 70 bancos de diferentes etnias (Foto: Divulgação)

O Pavilhão Japonês do Parque Ibirapuera recebe, a partir de sábado, a exposição “Bancos Indígenas do Brasil”, como parte das comemorações pelos 110 anos da imigração japonesa no Brasil.

A mostra apresenta ao público cerca de 70 peças da coleção BEI, formada ao longo dos últimos quinze anos e que hoje abrange mais de 200 bancos de madeira produzidos por povos indígena de varias regiões: alto e baixo Xingu, sul da Amazonia/Centro-Oeste, norte do Pará e Guianas e noroeste amazônico. A ex-posição desses bancos, aliás, é algo raro, sendo mostrado somente três vezes até agora. Em 2015, na Pinacoteca do Estado de São Paulo e na feira Made, em Milão, e, em abril desse ano, quando algumas peças foram expostas durante a SP-Arte.

A mostra, cuja expografia ficou a cargo da designer Claudia Moreira Salles e do arquiteto Eiji Hayakawa, revela a sofisticação e a importância cultural dos bancos, que, apesar da repetição de fórmulas tradicionais transmitidas pelas gerações passadas, contam em cada um com a linguagem particular de seu autor. Entre as peças, algumas são zoomórficos, representando animais da fauna brasileira; outras são assentos mais convencionais, lixados com esmero, pintados com pigmentos naturais, decorados com grafismos ou entalhes. Em todos, porém, os aspectos utilitários e decorativos conciliam-se à dimensão simbólica, de forma de que as peças espelham o uni-verso cultural, os mitos e a cosmologia das etnias que as fabricam.

Também no Pavilhão Japonês estará uma exposição de fotos e documentário inéditos, feitos pelo fotógrafo Rafael Costa, e que mostram ao público o processo de produção dos bancos.

Continua…(Impresso)

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