Restaurante japonês era usado para lavar dinheiro

A Força-Tarefa da Operação Lava Jato identificou o repasse de R$ 729.271,00 para o restaurante de co-mida japonesa “Kome Koni”. O valor seria referente ao montante usado nas transações de lavagem de dinheiro revelados pela Operação Pão Nosso.

O restaurante que recebeu o repasse, localizado no bairro Maria da Graça, no Rio de Janeiro, tinha razão social de HLT Brasileira Comércio e Serviços e possuía apenas um funcionário no momento do pagamento feito pela Iniciativa Primus, firma do dono da empresa Induspan, Felipe Paiva, criada em nome de la-ranjas para fornecer lanches nos presídios cariocas.

A empresa teve o contrato prorrogado pelo ex-secretário de Administração Penitenciária César Rubens de Carvalho, que foi preso. Entre 2010 e 2015, as investigações apontam que o Estado do Rio de Janeiro teria pago cerca de R$ 73 milhões à Iniciativa Primus.

Deste total, a Lava Jato afirma que o esquema dentro dos presídios desviou ao menos R$ 44,7 milhões, mediante pagamentos realizados sem a correspondente aquisição de produtos ou serviços que revertessem para o serviço prestado pela entidade. “As próprias atividades econômicas desempenhadas pelas empresas demonstram uma flagrante incompatibilidade com as finalidades de uma OSCIP que, repise-se, atua na fabricação de pães e demais alimentos utilizados na formulação de lanches e desjejuns para detentos”, afirma a Procuradoria da República do Rio de Janeiro.

Além do restaurante, a investigação também apurou um repasse ilegal a uma empresa de transporte e logística (Marakysko Comércio e Serviços LTDA) e outra de construção civil.

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