Prisão de Maluf deve aumentar ‘bancada nikkei’ na Câmara dos Deputados

Junji Abe é o primeiro suplente da coligação (Foto: Divulgação)

A prisão do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), que havia sido determinada terça-feira pelo ministro Edson Facchin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e foi cumprida na manhã de ontem pela Polícia Federal, deve beneficiar a bancada nipo-brasileira na Câmara dos Deputados, justamente em um momento importante, em virtude das celebrações pelos 110 anos da imigração japonesa, em 2018.

Isso porque, Junji Abe (PSD-SP), que obteve 79,9 mil votos na eleição de 2014, é o próximo suplente da coligação PMDB, PROS, PP e PSD e assumiria uma cadeira em Brasília. A expectativa agora é sobre a concretização da cassação do mandato de Maluf. Apesar da determinação da prisão de 7 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão em regime inicial fechado, a perda de mandato cabe somente ao plenário da Câmara, como decidido pelo Supremo Tribunal Federal em casos anteriores.

Para que a cassação, porém, o artigo 55 da Constituição estabelece que é preciso que um processo seja aberto pela Mesa Diretora da Câmara ou a pedido de algum partido com representante no Congresso. Diante disso, a palavra final será dada pelo plenário, que, por maioria absoluta da Casa, no caso 257 deputados, pode determinar a perda de mandato.

Em contato feito pelo São Paulo Shimbun, o deputado Junji Abe se mostrou ciente da situação, mas não à vontade para falar sobre o tema. Questionado, ele alegou que ainda não foi notificado. “Não recebi absolutamente nada de comunicado por parte da Câmara. Um grande número de deputados já está me ligando para falar do retorno, porém, prefiro aguardar e não falar nada sobre um retorno nesse momento, somente quando for oficializado”, afirmou ele. “É uma questão de foro íntimo. Depois acontece alguma coisa e o Maluf não é cassado e fica uma situação ruim para mim. Peço desculpas, mas vou esperar.”

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