Nipo-brasileiros são presos por morte no Japão; outros dois já foram condenados pelo crime

Ikeda e Ito pegaram mais de 20 anos de prisão (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal (PF) confirmou que prendeu, na última quinta-feira, em San-ta Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo, um brasileiro descendente de japonês acusado de participar de um crime, em 2001, no Japão, que resultou na morte de um comerciante e em ferimentos graves na mulher da vítima.

O suspeito foi detido no atual trabalho dele, em uma lanchonete. No dia anterior, a PF já havia prendido em Poá, também no interior de São Paulo, outro nikkei que estaria envolvido no mesmo crime. Ele estava trabalhando em um posto de combustível. De acordo com o processo, a detenção é cau-telar, que serve para garantir o andamento regular do processo e é utilizada quando há elementos concretos que mostrem que o acusado vai atrapalhar o anda-mento do processo de alguma maneira; ou quando há risco de fugir; ou para dar total garantia a ordem pública.

O caso corre em segredo de justiça na 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo. As ordens de prisão, expedidas em 24 de janeiro, foram assinadas pelo juiz Diego Paes Moreira. Os documentos foram encaminhados para a Polícia Federal para que localizassem e prendessem os suspeitos.

De acordo com a PF, os dois presos, com idades de 37 e 39 anos, mas que não tiveram os nomes divulgados, foram processados pela Justiça japonesa por ajudar no sequestro segui-do de morte do comerciante Yoshitaka Kawakami. Eles moravam no Japão quando o homicídio foi cometido. Logo após o crime, fugiram para o Brasil. Ontem, os defensores dos suspeitos prestaram depoimento na 5ª Vara Federal. Tudo foi gravado para ser anexado aos autos. Na ocasião, um dos advogados solicitou a liberdade provisória do acusado, pedido recusado.

Vale lembrar que, em dezembro do ano passado, Cristiano Gonçalves Ito, o Javali, e Marcelo Chrystian Gomes Fukuda, foram condenados pela Justiça de São Paulo pelo mesmo crime. O primeiro pegou uma pena de 22 anos e um mês de prisão. Já o segundo terá que cumprir 23 anos e sete meses. Durante o julgamento, os dois confessaram que mataram o comerciante e disseram que receberam a arma do crime da máfia japonesa Yakuza.

Segundo as investigações, os dois foram contratados pelo irmão gêmeo de Yoshitaka, Ikebe Tetsuo, para cometer o crime. Pela acusação, Ito e Fukuda receberam 3 milhões de ienes cada um (cerca de R$ 71 mil à época) para matar o comerciante.

No dia do crime, os dois invadiram a casa de Yoshitaka achando que o homem estava sozinho. Porém, se depararam com a mulher da vítima, Naomi Kawakami. A vítima e a esposa dormiam no andar térreo da residência quando os assassinos entraram. Após atirarem três vezes contra o homem, os acusa-dos agrediram a mulher com o cabo da arma e tentaram asfixiá-la. Ela caiu desacordada e pensando que ela estivesse morta, fugiram. Dois dias depois embarcaram num voo para o Brasil, com a ajuda da máfia japonesa, segundo o Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo

Continua…(impresso)

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