Cerca de dois meses sem um cônsul oficial desde o anúncio da saída de Takahiro Nakamae de São Paulo – cargo ocupado interinamente por Hitomi Sekiguchi -, o Ministério das Relações Exteriores do Japão confirmou oficialmente ontem que Yasushi Noguchi assumirá o posto de cônsul-geral. Segundo o Consulado, ele provavelmente deve chegar ao País na primeira quinzena de outubro.

Noguchi se formou na Faculdade de Direito da Universidade de Kyoto e entrou para o Ministério das Relações Exteriores em 1990. Sem experiência como cônsul-geral, o diplomata tem passagens pelos consulados do Japão na Es-panha; Estados Unidos, onde foi primeiro secretário; e no Peru. No país sul-americano, o novo cônsul teve sua participação mais notável. Ele foi enviado àquele país para liderar um núcleo que acompanhou a ocupação pelo grupo terrorista Tupac Amaru da Embaixada do Japão em Lima. Na ocasião, 490 pessoas foram feitas reféns.

Em ação ousada, rebeldes vestidos de garçons invadiram a festa que come-morava o aniversário do imperador Akihito e por 126 dias mantiveram ocupação. A principal exigência era a libertação de 440 membros do grupo condenados à prisão perpétua, inclusive o líder máximo Victor Polay Campos. O sequestro terminou em 22 de abril de 1997, quando o presidente do Peru, Alberto Fujimori, ordenou o ata-que, e cerca de 200 homens das Forças Armadas precisaram de apenas 36 minutos para acabar com o sequestro. Na ação, 72 reféns foram libertados e todos os 14 guerrilheiros morreram.

Em sua carreira, Yasushi Noguchi também foi diretor da Divisão do México, América Central e Caribe do Ministério das Relações Exteriores do Japão. Em 2015, por sua vez, foi no-meado chefe do Departamento de Polícia de Miyazaki, além de se tornar  diretor do departamento de Controle de Armas e Desarmamento. Em agosto deste ano, ele retornou ao Ministério e aguardava um novo chamado

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