A Fundação Japão pro-move, até 28 de abril, a exposição “Hina Ningyo: purificação, proteção e arte”. Realizada em sua biblioteca, a mostra celebra o Hinamatsuri, ou Dia das Meninas, comemorado no dia 3 de março.
Na mostra, são expostos diversos modelos de hina ningyo, bonecas feitas a partir de origami, washi-ê e oshi-ê, além das tradicionais, de porcelana.

Acredita-se que o Hinamatsuri tem origem em um antigo ritual chinês, introduzido no Japão durante o período Heian (794-1185). No início, num ritual de purificação, as pessoas costumavam esfregar em seus corpos o hitogata, figuras humanas estilizadas, geralmente feitas de papel, para as quais se acreditava que eram transferidos seus pecados e impurezas. Essas figuras eram depois colocadas num rio, para que flutuassem em direção ao mar.

Acredita-se que o hitogata deu origem aos hina ningyos, e o ritual de purificação continua vivo nos dias de hoje, celebrados em diversas regiões do Japão.

Aos poucos, passaram a ser produzidas bonecas e acessórios decorativos cada vez mais sofisticados e diversificados. A exposição passou a ocorrer em grandes altares, com vários degraus, chamados hinadan. Hoje, o Hinamatsuri é uma celebração colorida, geralmente composta de modelos mais compactos. Os altares suntuosos são normalmente vistos em museus, templos ou nas escolas. Um aspecto, no entanto, segue vivo até hoje: o desejo de assegurar saúde e felicidade.

A exposição pode ser visitada de terça à sexta-feira, das 10h30 às 19h30; sábados, das 9 às 17 horas. A entrada é gratuita. A Fundação Japão fica na av. Paulista, 52, 3º andar, São Paulo.