Ex-namorado mata nikkei a tiros na Zona Leste de São Paulo

Nikkei trabalhou em uma fábrica no Japão (Foto: Arquivo Pessoal)

O policial militar Márcio da Silva Lima, 31 anos, matou a tiros a ex-namorada Janaína Mitiko, de 30 anos, na região de Itaquera, Zona Leste de São Paulo, na noite da última quarta-feira. Ele não teria aceitado o final do relacionamento.

A nikkei, que trabalhava como recepcionista de uma concessionária de veículos e também era estudante universitária, foi morta próximo da sua casa na rua Mapixi. Ela tinha acabado de sair da academia e voltava a pé. Segundo a investigação da Polícia Civil, o ex-namorado estava esperando Mitiko dentro de um carro. Quando ela se aproximou, ele desembarcou, agrediu a jovem e disparou vários tiros. O soldado ainda retornou ao veículo, recarregou a pistola e voltou a atirar. Foram pelo menos 15 tiros. Horas antes de cometer o crime, o PM avisou um amigo do que iria fazer. Atingida principamente na cabeça, a nikkei morreu no local. O corpo foi encaminhado ao IML Leste.

As informações preliminares dão conta que o casal namorou por cerca de um ano e meio e se conheceu depois que ela voltou do Japão, onde trabalhou em fábricas de aparelhos eletrônicos. Porém, ele decidiu terminar o relacionamento já que não aguentava mais o ciúme doentio do namorado. A partir daí, a jovem passou a receber ameaças do criminosos em ligações e por mensagens em redes sociais. Familiares da vítima informaram ainda que, na véspera de Natal, o acusado apareceu bêbado na casa da nikkei e a agredida. Ela já tinha sido casada anteriormente e não tinha filhos.

Após o crime, o acu-sado postou uma mensagem na internet confirmando o crime. No texto, ele dizia: “A todos os meus amigos me perdoem, matei a Janaína”. Sobre o motivo do crime, alega que “pegou” a ex-namorada o traindo com o dono da academia onde ela frequentava. Horas depois, o policial se entregou em um batalhão da PM na região e foi levado ao 24 º DP (Água Rasa). O militar foi transferido na madrugada de ontem ao presídio Romão Gomes, na zona norte de São Paulo.

Uma amiga de Janaina lamentou o caso nas redes sociais. “Uma das partes não aceita o término e comete o crime. É o fim de duas vidas: de um lado, uma moça linda fazendo faculdade de Pedagogia e uma mãe que gostaria de ver a filha formada, e do outro um homem se achando maior que Deus e ao mesmo tempo legal, com uma carreira destruída”, disse.

Continua… (Impresso)

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