O inicio da imigração japonesa está intimamente ligado à história do café no Brasil. Em busca de uma vida melhor, os primeiros 781 imigrantes do Japão embarcaram no Kasato Maru, no porto de Kobe, e chegaram, em 1908, em Santos, atrás de trabalho na cafeicultura. O objetivo era fazer dinheiro e voltar para o Japão. O que mui-tos não sabiam é que eles formariam a maior comunidade japonesa fora do Japão.

Diante desse fato histórico, os japoneses não poderiam ficar de fora da homenagem que a escola de samba Brinco da Marquesa fará, no dia 12 de fevereiro, durante o desfile pelo grupo de Acesso 2 do Carnaval de São Paulo. Com desfile previsto no Sambódromo do Anhembi, às 21h40, a escola tem como enredo deste ano “A marquesa e o ouro verde” e contará a história completa do café, desde a época da escravidão até os dias de hoje.

Figura importante na história do cultivo do café, os japoneses terão uma ala inteira, que deve contar com pelo menos 60 integrantes, todos captaneados pelo assessor parla-mentar, Diogo Miyahara, que é o diretor-geral da ala nikkei. A grande maioria dos japoneses faz parte de associações nipo-brasileiras da zona Sul de São Pau-lo, como a Associação Cultural e Esportiva Saúde, e Grupo Escoteiro Hongwanji. Há também membros da Jica (Agência de Cooperação Internacional do Japão).

“Quero agradecer desde já a comunidade japonesa pelo empenho e a ajuda que está dando para a escola. A presença da ala nikkei traz uma veracidade ao nosso desfile. Os japoneses não poderiam ficar de fora dessa história e vão abrilhantar nossa passagem, que começa contando a história do café com os es-cravos e, com o fim da escravidão, a busca dos grandes fazendeiros por mão de obra, o que culminou com a chegadas dos primeiros imigrantes, entre eles, os japoneses”, diz o presidente da escola, Adriano Bejar, explicando que cerca de 1 mil pessoas participarão do desfile deste ano, que terá ainda dois carros alegóricos.

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