Como é feito o artesanato popular no Japão? Qual o mercado, as dificuldades e a produção? Estas são algumas perguntas que devem ser respondidas no documentário “Mingei – Em busca do artesanato popular do Japão”, do Instituto Botucatu e Temporal Filmes, com apoio da Fundação Japão.

Duas exibições em cidades diferentes, ama-nhã, das 19 às 21 horas, em São Paulo, e, domingo, das 10h30 às 12h30, em Jundiaí, serão realizadas com entrada gratuita. Após assistir ao documentário de 25 minutos, o público poderá “bater papo” com a pesquisadora Silvia Sasaoka.

Estudiosa do assunto, ela foi quem saiu a campo e descobriu no Japão as personagens retratadas no documentário.
Artesãos de tecelagem, estamparia, cerâmica e laca, entre outros, contaram sobre os trabalhos que seguem o conceito mingei, nome contraído de minshu (povo) e kogei (artesanato).

Um dos entrevistados é Michiko Uehara, tecelã em Okinawa. Com um tear manual, ela faz xale e peças diversas com apenas um fio de seda, que dá a qualidade de transparência, leveza e sutileza.

Outra história é do ateliê da família Tezuka. Com especialidade em laca, os objetos são feitos sob o comando do herdeiro e filho mais velho da família moradora em Kisohirazawa. Ali, o conflito de gerações chegou a tumultuar os trabalhos, mas nada que o passar dos anos não re-solvesse a questão. Hoje, porém, o mais difícil está sendo o encontro de pincéis apropriados para aplicação da laca, que deve ser feito com pincel de cabelos femininos virgens de tinturas. O problema é que as mulheres, mesmo as meni-nas, já usam cosméticos químicos no cabelo

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