Deputados discutem venda de subsidiária a japoneses

Deputados discutiram, durante uma audiência pública, a decisão da Petrobras de vender 49% da sua subsidiária Gaspetro para a Mitsui Gás e Energia do Brasil, empresa que pertence à japonesa Mitsui. O negócio, de R$ 1,9 bilhão, ainda não foi finalizado, mas já teve o sinal verde do Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

A maior preocupação dos parlamentares é com a interferência da Mitsui nas distribuidoras estaduais. A Gaspetro tem participação em 19 empresas de distribuição de gás, quase todas controladas pelos estados. Estas participações serão todas repassadas à Mitsui. O deputado Davidson Magalhães (PCdoB-BA), que sugeriu o debate, é contrário à venda. “A lógica da Mitsui não é o investimento. É se apropriar o fluxo de caixa. Isso é um problema grave para a maturação da indústria de gás no Brasil”, disse.

Já o deputado José Reinaldo (PSB-MA) criticou o fato de a Petrobras não ter proposto a venda das ações da sua subsidiária de gás para as distribuidoras. “Não entendo como uma empresa que têm sócios não oferece prioritariamente a eles”, disse. Para o deputado, faltou diálogo, por parte da Petrobras, com os estados. “Essa lacuna cria incertezas sobre a transação”, apontou.

Enquanto isso, o deputado Átila Lira (PSB-PI), defendeu que a entrada de um sócio japonês irá dinamizar o setor de distribuição de gás do País. “Não vai haver perda de controle. Vai ter um associado com um novo modelo de governança, que vai nos ajudar. Não temos que ter receio de um associado que vai trazer capital e tecnologia”, afirmou ele.

A venda faz parte do plano de negócios da Petrobras com o objetivo de gerar caixa para reduzir o endividamento.

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