Defesa pede anulação em julgamento do ‘Caso Yoki’

O julgamento de Elize Matsunaga, acusada de matar e esquartejar o herdeiro da empresa Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, entrou ontem em seu quarto dia com um surpreendente pedido por parte da defesa: a dissolução do conselho de sentença que julga a ré, o que anularia os quatro dias de julgamento.
A alegação foi a quebra da incomunicabilidade. O pedido foi feito durante o depoimento da última testemunha da acusação, o perito Carlos Alberto Coelho, 11ª pessoa a ser ouvida desde o início do júri. Indagado pelo advogado se havia tido contato com o médico legista Jorge Pereira de Oliveira.
Após a confirmação, o advogado Luciano Santoro pediu ao magistrado a dissolução do conselho de sentença por entender que o resultado do júri estaria, sem a incomunicabilidade preservada, comprometido. Porém, o juiz negou o pedido.
Durante seu depoimento, o perito endossou as teses de que Matsunaga foi esquartejado ainda com vida. Segundo Coelho, o local onde a bala ficou alojada na cabeça do empresário pode significar que ele não morreu instantaneamente, mas que uma pessoa leiga poderia se equivocar ao analisar se a vítima estaria vivo ou morto. O fato é relevante para a acusação, já que ela tenta condenar Elize por homicídio triplamente qualificado, que inclui uso de meio cruel e método que impossibilitou a defesa da vítima.
No fim da tarde, uma tia da ré iniciou os testemunhos de defesa. Ela relembrou o passado pobre de Elize, que chorou.
O julgamento tinha previsão de acabar hoje, mas o ritmo dos depoimentos indica que a sessão deverá se alongar, podendo chegar ao domingo.

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